domingo, 31 de maio de 2020

Os Papéis do Coronel, de Harry Laus - RESENHA #132

Todo mundo tem uma história de vida pra contar. Em se tratando de escritores, porém, é bastante provável que essa história venha a lume em alguma de suas obras, ainda que velada por mil e um artifícios. No entanto, alguns falam tão abertamente de si próprios, como se o exercício do desabafo estivesse retido até então.

Harry Laus (1922-1992) foi um escritor catarinense mais lembrado por seu trabalho na imprensa enquanto crítico de arte. Todavia dedicou-se à literatura ao longo de sua vida, deixando considerável produção de contos, novelas e inéditos. Os Papéis do Coronel é considerado seu único romance, tendo sido publicado primeiramente na França (1992) e posteriormente/postumamente no Brasil (1995).

A razão para o livro ter sido editado primeiramente em francês justifica-se no fato de que Harry meio que com ele publicou uma autobiografia romanceada. O aspecto autobiográfico do romance, contudo, torna-se plenamente claro somente na parte final do livro.

Embora Harry fosse assumidamente gay, sempre fora de comportamento discreto, o que era bastante compreensível se levarmos em conta os preconceitos de sua época, muito mais intolerante que a nossa. Se considerarmos que o mesmo seguiu carreira militar, teremos mais clara noção de seus receios perante sua orientação sexual.

A literatura foi a válvula de escape que encontrou em tão árduas circunstâncias. Logo às primeiras páginas de seu romance, deparamo-nos com um coronel triste e solitário que, aposentado do serviço militar, ambiciona escrever um livro. Frustrado com o fato de não ter consumado ao longo de sua carreira nenhum feito glorioso, sua intenção é lograr êxito e reconhecimento com este projeto literário.

Em sua residência de Porto Belo, o coronel, além de suas atividades literárias, cultiva uma bela horta e cria Elizeth, cadela mestiça de pastores belga e alemão. Os serviços domésticos ficam a cargo de Lila, sua secretária, que executa brilhantemente suas funções. Aos sábados, o coronel recebe a juventude porto-belense, rapazes entre dezessete e vinte anos com quem o ancião compartilha suas histórias de caserna, além de dividir com eles sua farta ceia.

Em seu livro ele se nomeia Vitório de Lima e Silva, um militar cuja emoção da carreira resume-se unicamente nas muitas transferências às quais se viu obrigado, saindo de Santa Catarina para o Rio Grande do Sul, passando depois por Minas Gerais, Rio Grande do Norte, Mato Grosso e Rio de Janeiro, até finalmente regressar a Santa Catarina.

Vitório casa-se com Elza Alves, que conhecera num baile de carnaval em Joinville. Os dois têm um filho: Alírio, que desde criança revela vocação artística, o que desgosta o coronel, que pretendia uma carreira mais consistente para o filho. O romance de Harry Laus prossegue intercalando as memórias do livro do coronel com as peculiaridades que envolvem o cotidiano do protagonista.

O livro pode parecer maçante e insípido por vários momentos, a despeito de sua linguagem poética e sensível, mas, quando finalmente descobrimos o próprio autor e que “papel” ele desempenha no enredo, temos um gatilho recompensador que nos esclarece tudo o que até então poderia parecer obscuro.

Os Papéis do Coronel tem seu valor artístico precedido pela realização de uma necessidade psicológica de seu autor. É a história de um solitário que sonha com outras possibilidades para sua existência, descontente com os prazeres fugazes de sua vida atual que o levam a sentir-se ainda mais sozinho. É finalmente/infelizmente uma história real.

Avaliação: ★★★

Daniel Coutinho

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sexta-feira, 29 de maio de 2020

O Menino do Pijama Listrado (The Boy in The Stripped Pyjamas), de John Boyne - RESENHA #131

A literatura é cheia de crianças fascinantes e estou colecionando as melhores num potinho que já contém o principezinho, Zezé, Tistu, Marcelino e agora Bruno. O Menino do Pijama Listrado (2006), do irlandês John Boyne, pertence àquele rol dos livros que todo mundo já tinha lido, menos eu rs. Eis que a tarefa finalmente foi concluída.

Curioso como mais uma vez o tema da “morte” persiste na história de Bruno, desta vez realçado por um contexto histórico real e dos mais tristes de que se tem notícia: o nazismo. Eu, particularmente, não costumo ler histórias relacionadas a guerras, mas a proposta do livro de John Boyne era muito sedutora e, por mais que a leitura tenha sido incômoda por vezes, não me arrependo de tê-la executado.

A vida de Bruno era um mar de rosas em Berlim, pois o garoto de nove anos vivia numa mansão de cinco andares, contava com diversos empregados, além de possuir muitos amigos da sua idade. Mas numa bela tarde, chegando da escola, depara-se com uma das empregadas empacotando suas roupas. A notícia de que a família estava de mudança surpreende-o bastante.

A nova casa, consideravelmente menor, ficava muito distante e numa péssima localização. Bruno logo sente falta de vizinhos com casas tão bonitas quanto a sua, da escola, das feiras e até das ruas intransitáveis. O caso é que o Fúria tem grandes planos para o pai de Bruno e, por isso, incumbira-o de uma importante missão naquele novo lugar chamado Haja Vista, embora Gretel (irmã mais velha de Bruno) insista em afirmar que a pronúncia daquele nome era outra.

Muitos fatores deixam Bruno intrigado quanto a Haja Vista: soldados circulando o tempo todo, uma cerca enorme que circunda sua nova casa, mas, principalmente, centenas de homens e meninos vestidos com pijama listrado, vistos ao longe de sua janela. A vida do garoto torna-se menos tediosa naquele solitário lugar quando, decidindo explorar o caminho indicado pela enorme cerca, ele encontra um dos meninos de pijama listrado.

Separados pela cerca, os dois garotos principiam uma conversa amigável. Bruno descobre que Shmuel é da sua idade, mas que suas vidas são muito diferentes, a começar pelo fato de que na “casa” de Shmuel quase não há comida. Bruno passa a encontrar o novo amigo todos os dias, levando comida para ele sempre que pode, mas prefere esconder aquela amizade, temendo uma possível proibição.

O livro de John Boyne, mesmo narrado em 3ª pessoa, propõe-se a seguir a perspectiva de Bruno, mostrando-nos os horrores da guerra sob um olhar ingênuo/infantil. À medida que avançamos na leitura, vamos compreendendo melhor a situação real da família do garoto.

Boyne utiliza-se de certas expressões fixas que vão se repetindo ao longo do livro, tornando o texto ainda mais infantilizado, como se o narrador fosse um adulto que tenta adequar seu discurso para uma longa conversa com uma criança. Essas repetições quase sempre surtem um efeito positivo ao texto, mas eu certamente teria evitado os desnecessários e cansativos “disse Bruno” e “disse Shmuel”.

Outro detalhe que me incomodou foi a excessiva reserva do narrador perante cenas como o ataque sofrido por Pavel pelo tenente Kotler, muito mal explicado em razão do teor de violência da passagem. Algumas lacunas e incoerências também são dignas de nota. Os repetidos encontros entre Bruno e Shmuel são bastante improváveis, avaliadas as respectivas circunstâncias. E será que só eu fiquei curioso pra saber o que Bruno escondia no fundo do guarda-roupa? “[...] aquelas coisas que ele escondera no fundo e que pertenciam somente a ele e não eram da conta de mais ninguém” (pág. 15).

O Menino do Pijama Listrado é o tipo de livro que mostra o que há de melhor e pior no ser humano. Se o horror da guerra partir seu coração, a imagem de dois meninos de mãos dadas não deixará morrer nossa esperança.

Avaliação: ★★★★

Daniel Coutinho

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quinta-feira, 21 de maio de 2020

O Simas, de Pápi Júnior - RESENHA #130

Por diversas vezes, quando lia ensaios literários sobre o Naturalismo no Ceará, deparava-me com uma referência da qual pouco se tem notícia no cenário atual. De fato, O Simas (1898), do cearense de adoção Pápi Júnior, tornou-se raridade bibliográfica, tendo sido reeditado uma única vez (1975).

Vendido por preços exorbitantes nos sebos brasileiros, fui encontrar por casualidade um exemplar da 2ª edição em preço mais acessível num sebo dos Estados Unidos. Qual não foi a minha alegria quando o livro então chegou! Tratei de finalizar algumas leituras já começadas para me dedicar finalmente ao famigerado, porém esquecido, romance máximo do senhor Pápi Júnior.

Agora que concluí O Simas, estou com aquela sensação (já tão conhecida pelos meus leitores) de incompreensão do pouco caso que se faz de obras tão relevantes como esta. Trata-se de um romance que, não obstante certos defeitos, configura uma excepcionalidade nas letras cearenses. É trabalho seguramente digno das atenções do leitor contemporâneo e que, portanto, carece ser urgentemente reeditado.

 O Simas que dá título ao volume é mais um daqueles canalhas pintados aos moldes do Basílio queirosiano, como Amâncio (Casa de Pensão), Zuza (A Normalista) e Alípio (Aves de Arribação). No entanto, a figura central do romance em questão é a cearense Luísa.

Vítima da seca, Luísa vê-se obrigada a receber favores de estranhos, ignorando que em algum momento teria de pagar pelos benefícios recebidos com o próprio corpo. Inconformada com os abusos de Antero, a pobre moça decide fugir. Achando-se grávida e sozinha, Luísa aceita o auxílio de Américo Bernardes, um paraense abastado com quem acaba se casando, mas a fatalidade reserva para este uma morte precoce.

A recém-viúva torna-se livre e rica, podendo dar vazão aos seus sentimentos espontâneos que recairão sobre o Simas, jovem sedutor que é apresentado à família por intermédio de Peixoto, o antigo sócio do Bernardes. Dona Felisbina, ao perceber as inclinações da nora, enche-se de escrúpulos pela memória de seu finado filho e proíbe as visitas do Simas. Mas os dois amantes combinam encontros clandestinos às escondidas de todos.

A cena em que dona Felisbina descobre as maquinações do ardente casal é uma das mais antológicas do livro, tendo sido já reproduzida em diversas coletâneas do século passado. A solução encontrada pela sogra de Luísa para combater a maledicência popular é mudarem-se para o Ceará, mas a boa senhora, subestimando as artimanhas de um finório como o Simas, não contava com a aparição deste pela Terra da Luz.

O naturalismo d’O Simas revela-se mais claramente no exame comportamental de sua protagonista. Luísa é dissecada psicologicamente em diversas passagens e todas as suas emoções são franqueadas por um narrador onisciente que esquadrinha os recantos abissais de sua alma feminina.

Além desse estudo analítico minucioso, a prolixidade do narrador entrega longos parágrafos de pura descrição dos diversos cenários por onde passa o núcleo central da trama. É digna de nota a linguagem de Pápi Júnior, que pode causar estranheza por empregar métodos particulares na formação de palavras, além de neologismos e arcaísmos colhidos em autores como Camilo Castelo Branco, afamado por seu preciosismo linguístico.

Os problemas que vi n’O Simas resumem-se basicamente nessas extravagâncias linguísticas já mencionadas, mas principalmente no excesso de tipos que nem sei se possa chamar de secundários, uma vez que são enxertados na segunda metade do volume, salvo o padre Luisinho que reaparece ligeiramente no último capítulo. Penso que muitos personagens recorrentes na primeira metade (Cazuza, Gonçalves, Francisquinha, Tibúrcio, Paulina, Clarinha, dentre outros) poderiam ter sido melhor aproveitados, quem sabe mesmo na composição de tramas paralelas, das quais senti falta num romance de fôlego como O Simas.

Por vezes interessante, por vezes maçante, o romance de estreia de Pápi Júnior entrega sem dúvida uma obra de vulto digna de apreciação. Fechamos as páginas d’O Simas com a sensação animadora de que realizamos uma leitura suficientemente proveitosa.

Avaliação: ★★★★

Daniel Coutinho

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sábado, 9 de maio de 2020

Romeu e Julieta (Romeo and Juliet), de William Shakespeare - RESENHA #129

Desde que o mundo é mundo, o amor é o tema preferido da humanidade que, incansavelmente, o procura na música, na literatura, no cinema e em todo o resto. Todo mundo aprecia uma boa história de amor, ainda que alguns não admitam. Mas até hoje, em pleno século XXI, depois de uma infinidade de histórias de amor já compostas, uma se sobressai em fama e popularidade, resistindo de maneira assombrosa mais de quatro séculos. Há vivalma que não conheça Romeu e Julieta?

Acredita-se que a mais amada das peças de Shakespeare surgiu nos palcos em 1597, mesmo ano do aparecimento de sua primeira versão impressa. Romeu e Julieta marca ainda meu primeiro contato com o bardo inglês, experiência esta já mencionada por aqui (Cf. resenha de Hamlet).

Tal como se deu com minhas últimas releituras shakespearianas, o ar de novidade prevaleceu, como se estivesse lendo o texto pela primeira vez. Muito disso se deve às primorosas traduções de Barbara Heliodora que têm o mérito de trazer a nós, leitores de língua lusa, quase que o sabor do original. Salvo os incômodos da desconfortável edição do teatro completo pela Nova Aguilar, a experiência de (re)descobrir o dramaturgo elisabetano tem sido formidável.

Sempre que pego uma peça de Shakespeare, demoro um pouco até me habituar ao seu estilo clássico, mas, depois de travar conhecimento com os principais personagens em cena, a leitura consegue fluir mais naturalmente. No entanto, não consigo evitar certa comoção por estar diante de obra tão magistral.

Das peças que já li do autor de Macbeth, considero Romeu e Julieta a de mais fácil compreensão. É muito provável que o fato do enredo da peça ser amplamente difundido no mundo todo facilite a absorção do texto, mas, se lembrarmos dos solilóquios prolongados de Hamlet ou das intrigas engendradas por Iago, temos em Romeu um tipo muito simples de digerir.

Há uma doçura quase exagerada para uma tragédia nas páginas de Romeu e Julieta, além de rasgos de romantismo que clamam por marcação. Enquanto lia trechos desta qualidade, vislumbrava epígrafes perfeitas para possíveis obras futuras deste que vos escreve.

Não vou contar aqui a história que todo mundo já sabe do triste casal cujo amor encontra obstáculo nas diferenças entre suas famílias. Queria mesmo era dividir com vocês uma impressão muito feliz que tive desta última leitura: a de que Romeu e Julieta representa muito mais “amor” que “dor”, pois sua história é símbolo eterno das paixões humanas.

De fato, se aludido o célebre casal de Verona, antes de pensarmos no triste destino que se lê no último ato, lembraremos de dois seres apaixonados cuja história de amor ainda não se esgotou.

Avaliação: ★★★★★

Daniel Coutinho

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quarta-feira, 6 de maio de 2020

Ovelha, de Gustavo Magnani - RESENHA #128

A estreia de um autor é quase sempre problemática, principalmente quando se dá muito cedo. Movido pelo desejo de publicar, o jovem escritor entrega, cheio de entusiasmo, as primeiras páginas de sua lavra aos leitores, ansioso pela recepção de seu trabalho. É bem verdade que a grande maioria acaba lamentando no futuro tais afoitezas da juventude, renegando um passado de exagero e inverossimilhança, seja rotulando seus primeiros escritos de “obra imatura”, ou simplesmente deixando que o implacável tempo se encarregue de condená-los ao esquecimento.

Gustavo Magnani tinha apenas vinte anos quando publicou Ovelha (2015), seu romance de estreia. Naturalmente inclinado à ideia de chamar atenção para sua obra, escolheu o caminho da polêmica declarando guerra aos evangélicos e seus respectivos líderes. Bela escolha, eu diria! E para tornar tudo mais interessante, nada como escolher um tema que é verdadeiro calcanhar de Aquiles para muitos cristãos: a homossexualidade.

Feitas estas escolhas, parece-nos muito lógico que um pastor gay figure como protagonista da obra. A premissa é definitivamente boa e sugestiva. Os problemas de Ovelha, contudo, vão muito além das polêmicas para as quais o livro foi pensado.

Não bastasse a dificuldade de relacionar religião e homossexualidade (trabalho melindroso!), nosso afoito estreante desafiou-se a seguir por um caminho deveras escabroso: e lá se foi ele pelas trilhas do romance fragmentado, rezando para Machado de Assis aqui e ali. O resultado de tanta temeridade é este Ovelha, tão imaturo quanto seu autor quando o publicou.

A escrita do romance é instável: às vezes prosaica, outras vezes melhor elaborada, fazendo-nos pressentir um prosador disposto a investir em variadas tentativas: a linguagem escrachada, o concretismo, a paráfrase bíblica, o diálogo trivial, pensamentos reflexivos, etc. Toda essa instabilidade, aliada a descuidos de linguagem e incoerências narrativas, tornam o processo de leitura no mínimo cansativo.

Os personagens são antipáticos e desinteressantes. Talvez Bianca seja a única exceção. O capítulo narrado por ela é um dos melhores do livro e a construção da personagem como um todo é tolerável. Os demais, dispostos aleatoriamente ao longo do livro, representam seus papéis sem maiores novidades. Mesmo a mãe do protagonista e o pastor colombiano, que poderiam ter rendido muito mais na história, passam pelo leitor sem grande impacto.

Avaliar o enredo torna-se desnecessário. O autor meio que abdicou da construção de um ao optar por, de forma fragmentada, compilar as memórias do pastor gay. Em Ovelha não há “uma” história. O que temos é um apanhado de cenas que não obedecem a uma ordem cronológica, mas que revelam os traumas de um homem que, influenciado por uma mãe fanática, torna-se pastor e, por isso, obriga-se a esconder sua homossexualidade por toda a vida. Tempos depois, aidético e debilitado, procura uma remissão no ato de transcrever seu passado oculto.

Os problemas de Ovelha resumem-se no seu exagero: a maneira desrespeitosa como são tratados certos símbolos religiosos é possivelmente o maior deles. No entanto, o autor consegue ainda assim dar mostras de seu talento literário, principalmente na habilidade de criar métodos: ao longo do livro, por exemplo, deparamo-nos com algumas sequências padronizadas que obedecem a um modelo firmado anteriormente.

Longe de representar uma leitura agradável para mim, Ovelha não é contudo obra descartável e sem valor. É a estreia de um romancista que seguramente terá novas oportunidades para expressar seu talento com madureza e bom senso.

Avaliação: ★★

Daniel Coutinho

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