quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

Elisabete dos Cabelos de Ouro (Goldelse), de Eugênia Marlitt - RESENHA #39



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Não é segredo pra ninguém que sou um apreciador de histórias românticas; preferencialmente se forem das boas. Por isso, gosto de ocasionalmente pegar um desses romances róseos, que eram uma febre entre o público feminino em meados do século passado. Como sabem, gosto de coisas antigas, e isto vale até para passatempos rs.

Peguei Elisabete dos Cabelos de Ouro (1866) achando que seria um seguro passatempo, mas não foi bem assim rs. Trata-se de um romance alemão de Eugênia Marlitt (pseudônimo de Friederieke Henriette Christiane Eugenie John), que foi uma precursora do romance sentimental na Alemanha. Longe de ser um livro ruim, o que ocorre é que não esperava uma leitura deste nível para meu fim de ano. Digamos que queria algo bem século XIX e, embora Elisabete tenha sido publicado nesse século, seu ritmo, como seu enredo, está mais para século XVIII. Não tinha como não lembrar Os Mistérios de Udolpho, da Ann Radcliffe: o ritmo da narrativa, as descrições minuciosas, o maniqueísmo, dentre outros detalhes.

Em outro momento, tenho certeza que teria prestado mais atenção à obra e, por conseguinte, gostado mais. Mas embora não fosse exatamente o que eu esperava para a ocasião, penso que aproveitei bastante da experiência e, sim, gostei do livro. Preferia ter lido a tradução de Dyonélio Machado, de 1930, mas o preço desta minha edição (Saraiva, 1952, em 2 vols.) estava mais acessível. Mas vamos saber logo o que conta Elisabete dos Cabelos de Ouro.

A história começa na cidade de “B...”, na Alemanha. Era típico da época não revelar os nomes de certos lugares. Esse costume também veio para o Brasil. Lembremos do Macedinho e sua moreninha que residia na “ilha de ...” rs. Elisabete Ferber é uma moça pobre, mas de um talento musical inquestionável, que mora com os pais (Adolfo e Ana Maria) e um irmão menor (Ernesto). Para ajudar o pai desempregado, ela consegue algum dinheiro com suas aulas de piano, mas as condições de sua família parecem não melhorar.

Um dia, a família Ferber recebe uma carta de Carlos, o irmão mais velho de Adolfo, que é guarda florestal na Turíngia, contando que conseguira para o irmão um emprego de escriturário do príncipe. A ideia de Carlos é que o irmão se mude com a família imediatamente para a Turíngia. Sabina, criada de Carlos, sugere que os Ferber assentem residência no castelo de Gnadeck, abandonado há muitos anos desde que morrera o último membro da ilustre família dos Gnadewitz. Esse castelo foi dado como herança à mãe de Elisabete, que possuía um parentesco distante com os Gnadewitz. As notícias de que a propriedade estava completamente em ruínas sempre desanimaram os Ferber, mas, segundo Carlos, uma parte do castelo poderia ser aproveitada. Nada que um reformazinha não melhore, certo?

Nessas circunstâncias, a família Ferber despede-se das agitações da cidade de “B...” e segue para as montanhas tranquilas e inspiradoras da Turíngia. Carlos, o tio de Elisabete, é uma simpatia. Viúvo e sem filhos, ele vive na companhia de Sabina, sua criada, e Berta, uma parenta distante de sua falecida esposa, que ficara sozinha no mundo após a morte dos pais. Berta é a única que parece não estar feliz com a chegada da família Ferber; ela demonstra uma grande aversão sobretudo para com Elisabete, que não compreende a atitude de Berta. Além de um comportamento arredio, Berta preserva o mais absoluto mutismo, desde que travara relações com os moradores de Lindhof.

Lindhof é uma rica propriedade de Rodolfo de Walde, um típico moço velho que é apaixonado por antiguidades e que, por isso, vive viajando por todo o mundo. Por conta de suas constantes viagens, Rodolfo concede a sua prima Amélia, baronesa de Lessen, o controle de Lindhof, como também a missão de cuidar de Helena, sua irmã coxa (Helena é a única irmã de Rodolfo e é mais jovem que ele). A baronesa de Lessen (como é constantemente chamada no livro) aproveita sua condição de senhora da casa para mandar e desmandar. Ela possui dois filhos: Hollfeld, fruto do seu primeiro casamento, rapaz rico e ambicioso, dono da propriedade de Odenberg; e a pequena Bela, menina malcriada e impertinente.

A baronesa de Lessen, adepta do pietismo, impõe a todos o seguimento de sua fé. Carlos Ferber acredita que tenha sido o fanatismo da baronesa que tenha desorientado Berta, e que o mutismo da moça seja uma espécie de penitência. Devo confessar que essa Berta foi uma das personagens que mais me intrigou enquanto lia o livro; ficava muito curioso para entender seu estranho comportamento. Impedida por Carlos de voltar a Lindhof, Berta passa a ir lá às escondidas, além de fazer uns passeios noturnos pela floresta, depois que todos adormecem.

O talento musical de Elisabete torna-se conhecido em Lindhof e a baronesa de Lessen convida a jovem musicista para dar aulas a Helena, a fim de distraí-la um pouco das privações impostas por sua doença. Elisabete aceita com prazer, mas é logo advertida pelo tio para que tenha cuidado e não se deixe influenciar tal como Berta. Elisabete logo percebe o perfil de mulher que tem a baronesa de Lessen: uma pessoa que faz distinção de classes sociais, egoísta ao extremo e despótica ao mesmo tempo.

Eugênia Marlitt mostra claramente nesse livro o confronto de duas classes: os aristocratas e os burgueses. A baronesa de Lessen, por exemplo, fina aristocrata, não poderia tratar Elisabete (filha de um burguês) com o decoro destinado às pessoas de sua classe. Helena, mesmo possuindo nobres sentimentos, acaba deixando se influenciar pela prima, pois ama silenciosamente Hollfeld, o primogênito da baronesa. Este último é um ser desprezível que em tudo se parece com a mãe; demonstra corresponder aos sentimentos de Helena, desejoso de ser herdeiro da jovem coxa (que não poderia viver muito). Quando Elisabete o vê, pela primeira vez, imediatamente pressente suas más intenções. Enamorado da musicista, Hollfeld discretamente começa a cortejá-la, ainda que Elisabete persista em afastar-se dele. Esse conquistador barato decide acompanhar o desempenho de sua querida Helena em suas aulas de piano; e embora esta pense que seja para vê-la, nem preciso dizer de quem o senhor Hollfeld realmente deseja se aproximar, né?

Nessas circunstâncias, Rodolfo de Walde chega inesperadamente de suas viagens pelo mundo. Soubera por fontes seguras do comportamento de sua prima com relação aos empregados de Lindhof e sobre seu fanatismo religioso. A intenção de Rodolfo não era assumir definitivamente o controle de Lindhof, mas colocar tudo em ordem, para voltar às suas viagens pelo globo. Elisabete fica encantada com a austeridade de caráter daquele homem nobre e justo, mas seu tratamento em relação a ela é de uma severidade injustificável. A musicista atribui a aspereza de Rodolfo à sua condição social. Mas a verdade é que ele tem outro motivo, que eu não vou contar, claro rs!

E aqui devo destacar que os sentimentos (tanto de Rodolfo, como de Elisabete) são tratados com muita discrição pela autora. Em determinado momento do romance, me ficou bastante claro que toda essa história tinha mais o interesse de moralizar que de entreter. Devemos lembrar que Elisabete dos Cabelos de Ouro foi escrito especialmente para moças do século XIX, que sendo um público muito especial, só podiam ler livros de instrução moral, que as conscientizassem de seus inevitáveis papéis de boas mães e esposas. Contudo, percebi que a autora deixa muita coisa nas entrelinhas. Quando se descobre, por exemplo, a razão do mutismo de Berta, uma mente menos ingênua poderá levantar possibilidades bastante indecorosas, que jamais uma moça de família poderia supor rsrsrs.

Sempre que retomava a leitura, percebia com encanto que a autora usou de vários artifícios para seduzir o leitor, de forma que sempre gostava do que lia (salvo algumas passagens com descrições muito minuciosas, mas que atendiam ao gosto do público da época). No entanto, o meu gostar pelo texto de Eugênia Marlitt não conseguia ultrapassar certo limite. Por mais que o livro fosse bom, ele não ia além disso. No meu estrelômetro rsrsrs, a trama persistia em alcançar as 4 estrelas e, muitas vezes, achava que ia conseguir, mas não foi assim rs.

No mais, a leitura deste livro foi totalmente válida, seja pelos valores morais apregoados por ele; seja por sua aversão aos preconceitos da época; e, não menos importante, seja pelo fino humor da autora, que é de uma elegância primorosa, que não arranca gargalhadas, certo, mas que nos dá um ar de riso que delicia e anima o espírito de quem o lê.

Avaliação: ★★★

Daniel Coutinho

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sábado, 14 de janeiro de 2017

TOP 10 - MELHORES LEITURAS DE 2016!!!


"Saint-Clair das Ilhas" (1803), da inglesa Elizabeth Helme


2016 foi um ano bastante mediano de leituras; não falo em relação à quantidade de livros lidos, mas do quanto esses livros me agradaram. Apenas 5 títulos foram avaliados em 5 estrelas e isso me deixou bastante insatisfeito, pois meu desejo era que todos os livros deste Top10 fossem agraciados com minha nota máxima. Também não foram muitos os livros reconhecidos com 4 estrelas. O bom disso tudo é que, pelo menos, não foi tarefa difícil realizar essa lista de melhores leituras do ano, dispostas, como de costume, por ordem de preferência do último ao primeiro colocado. Vamos então relembrar esses 10 livros incríveis que marcaram meu ano de 2016!

# 10º lugar A OUTRA FACE, de Sidney Sheldon
Minha primeira experiência com o romance policial e com Sidney Sheldon parece ter dado um bom resultado. Quando peguei esse livro, jamais imaginei que ele pudesse entrar para uma lista como esta; e ainda que tenha ficado na última posição, considero uma grande proeza para ele. Sidney Sheldon me surpreendeu com sua tensão e seu ritmo constantemente acelerado. Nem conto o que sofri com Judd rs.

# 9º lugar MENINA MÁ, de William March
Livro de suspense simplesmente maravilhoso! Rhoda me deixou de queixo caído várias vezes com sua maligna dissimulação. E o que dizer de Christine? Sinceramente não queria estar no lugar dela. Trágico, triste e sobretudo CHOCANTE!!!

# 8º lugar PELO SERTÃO, de Afonso Arinos
Livro deliciosíssimo. Não achava que fosse gostar tanto de Afonso Arinos, que tem um regionalismo vigoroso que mistura rusticidade e poesia. Não teve um conto do qual eu não gostasse. Simões Lopes Neto e Hugo de Carvalho Ramos que se cuidem! Afonso Arinos me conquistou rsrsrs.

# 7º lugar A MISSÃO, de Ferreira de Castro
É difícil falar desse livro, especialmente porque sou consciente de que não absorvi o quanto queria da leitura. Foi, sem dúvidas, uma das maiores surpresas do ano. Literatura portuguesa de alta qualidade: reflexiva, poética, criativa, empolgante e muito mais.

# 6º lugar HERNANI, de Victor Hugo
Morria de curiosidade por esse livro. Finalmente descobri o que fez lotar tantas plateias no século XIX. O trágico Hernani é um clássico por excelência. O quadrado amoroso: Hernani, Dona Sol, D. Ruy e D. Carlos constitui uma das páginas mais brilhantes da história do teatro francês.

# 5º lugar O INIMIGO DO REI, de Lira Neto
Biografia incrível, por um biógrafo também incrível, e com um biografado ainda mais incrível ainda: Alencar. O Inimigo do Rei, mais do que a experiência de me fazer conhecer as diversas facetas do autor de Iracema, me fez reviver todas as obras desse magistral escritor brasileiro, patriarca de nossa literatura.

# 4º lugar CASA DE PENSÃO, de Aluísio Azevedo
Nunca li Aluísio que não gostasse. E com esse livro não foi diferente. Aluísio parece ter uma macumba que me deixa completamente envolvido em todos os seus livros rsrsrs. É um dos poucos escritores que escreve sobre as coisas mais horríveis do mundo, mas que, mesmo assim, eu amo. Amâncio é mais um protagonista pra minha coleção de personagens com quem eu tenho uma esquisita relação de amor e ódio.

# 3º lugar O QUE TINHA DE SER..., de Mário de Alencar
A maior surpresa do ano! Livro simplesmente incrível! Como Mário de Alencar conseguiu me chocar tanto com uma história tão simples e pequena? Só lendo pra entender. É uma pena que não tenha escrito mais. Eis um livro para se devorar num instante. Ah, Joana... Eu entendo você, Joana. O próprio Luiz Nunes entendeu, ainda que não imediatamente.

# 2º lugar A VOLTA AO MUNDO EM 80 DIAS, de Júlio Verne
Que eu fosse gostar desse livro, já era previsto. Mas confesso que achava que seria um livro de aventuras muito divertido e nada mais. Quem estiver pensando que Júlio Verne é só aventura, está muito enganado. Verne não é menos que um gênio. O conhecimento desse homem é digno mesmo do aplauso da posteridade. Muito amor por Phileas Fogg, e por Chavemestra também, claro!

# 1º lugar SAINT-CLAIR DAS ILHAS, de Elizabeth Helme
Quem diria que o primeiro romance do ano seria o melhor? Não tenho palavras para expressar o meu amor por Saint-Clair. Foi um dos raros casos em que eu quis reler o livro assim que terminei. É daquelas obras em que os personagens permanecem com a gente por um longo tempo, e parecem não querer partir rsrsrs Como esquecer o bravo Saint-Clair, o nobre Randolfo, a bela Ambrozina, a terrível Eleonora, a orgulhosa Mariana, o grande chefe Monteith, a prestativa Mary, o saliente cavaleiro de Bourg, os outros proscritos, a Ilha de Barra, toda a beleza da Escócia enfim? A palavra que melhor descreve este livro é: INESQUECÍVEL.

Daniel Coutinho

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segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

Mais Livros! - DEZ/2016 (especial de Black Friday)



Só agora pude fazer o Mais Livros! de dezembro (especial de Black Friday), porque os livros praticamente acabaram de chegar. Isso mesmo! Meu pedido das Americanas demorou mais de um mês para ser entregue. Achei um absurdo. Por outro lado, os da Amazon chegaram em menos de duas semanas. Só não comprei tudo lá, porque muitos preços das Americanas estavam simplesmente irresistíveis, mas o ruim é que, além da demora, a embalagem deles é de péssima qualidade, o que fez com que dois livros se extraviassem, mas já solicitei troca.

Black Friday é para ser aproveitada! Então não me censurem pela quantidade de aquisições. Além de enriquecer significativamente meu acervo, economizei bastante com os descontos, uma vez que, de uma forma ou de outra, eu acabaria comprando todos esses livros mesmo.

Aproveito para lembrá-los de que este é o último Mais Livros! que aparecerá no blog em versão textual. A partir de janeiro, o quadro Mais Livros! será apresentado em nosso canal homônimo, mas o link será sempre disponibilizado por aqui também. Passemos então às aquisições!

Aproveitei a Black Friday principalmente para adquirir livros relativamente caros. Devo confessar que não achei os descontos estupendos, mas tudo que se economiza é lucro. Como podem ver, quase 100% dos livros são clássicos, e daqueles clássicos mais grandiosos e fundamentais da literatura universal, e que eu ainda não possuía rs. É o caso de Ilíada e Odisseia de Homero, que veio nesse box maravilhoso da Nova Fronteira. Essas edições, minha gente, são um espetáculo. Belíssimas demais. Deu até vontade de ler Homero, mas sou consciente de que ainda não estou preparado para tamanha empresa rsrsrs. Por outro lado, Eneida de Virgílio, da editora 34, está numa ediçãozinha bem simples, mas aquele simples de qualidade, típico da 34, editora que se destaca mais pelo valor de suas traduções que pela arte de seus livros. No embalo da 34, comprei o box da Divina Comédia de Dante e o grandioso Fausto de Goethe, em dois volumes.

Passando para o teatro clássico, comprei As Rãs (Aristófanes) em edição da finada Cosac Naify, e O Melhor do Teatro Grego, antologia da editora Zahar que enfeixa as peças: Prometeu Acorrentado (Ésquilo); Édipo Rei (Sófocles); Medeia (Eurípedes); e As Nuvens (Aristófanes). Essa antologia, como vocês já devem saber, pertence à coleção “Clássicos Zahar” que é simplesmente magnífica e que já conta com um bom número de obras sensacionais em edições que são um verdadeiro primor (além de serem ilustradas e comentadas). Por isso mesmo, não podia deixar de adquirir todos os títulos dessa coleção que eram de meu interesse. Foram eles: Os Três Mosqueteiros, O Conde de Monte Cristo e As Aventuras de Robin Hood (que contém os romances O Príncipe dos Ladrões e Robin Hood, o Proscrito), de Alexandre Dumas; O Corcunda de Notre Dame, de Victor Hugo; Vinte Mil Léguas Submarinas, A Ilha Misteriosa e Viagem ao Centro da Terra, de Júlio Verne; Drácula, de Bram Stoker; O Lobo do Mar, de Jack London; Alice (que contém Aventuras de Alice no País das Maravilhas e Através do Espelho), de Lewis Carroll; Os Livros da Selva (que contém O Livro da Selva e O Segundo Livro da Selva, obras em que aparecem os contos de Mowgli), de Rudyard Kipling; O Mágico de Oz, de L. Frank Baum; Peter Pan, de J. M. Barrie; e Tarzan, o Filho das Selvas, de E. R. Burroughs. Da coleção “Bolso de Luxo” da Zahar, comprei A Bela e a Fera, edição que contém a versão clássica da Madame de Beaumont, e a versão original da Madame de Villeneuve. Concluindo a primeira fileira da foto, temos Moby Dick, de Herman Melville, numa edição das mais belas que a Cosac nos legou.

Passando à segunda fileira da foto, temos o box de obra completa do Sherlock Holmes (Arthur Conan Doyle), que sinceramente parecia muito mais bonito na foto rsrsrs. As edições são bonitas, certo, mas são bem simplesinhas, sem ilustrações ou detalhes legais. As pessoas falavam tanto desse box... rsrsrs. O bom é que os volumes estão em capa dura (que eu adoro) e contêm todas as obras de Conan Doyle protagonizadas pelo detetive mais famoso da literatura. São elas: Vol. I Um Estudo em Vermelho, O Sinal dos Quatro e As Aventuras de Sherlock Holmes; Vol. II Memórias de Sherlock Holmes e O Cão dos Baskerville; Vol. III A Volta de Sherlock Holmes e O Vale do Medo; Vol. IV Os Últimos Casos de Sherlock Holmes e Histórias de Sherlock Holmes.

Adquiri a Juvenília de Jane Austen e Charlotte Brontë, em edição da Penguin-Companhia. Não gosto dessa coleção, pois já ouvi vários comentários de que muitas de suas traduções são um tanto modernizadas, mas a verdade é que não encontrei essa obra em outra tradução. O bom é que pelo menos a capa de Juvenília é simplesmente belíssima!!! No embalo das irmãs Brontë, comprei Jane Eyre, de Charlotte Brontë; e Agnes Grey, de Anne Brontë; ambas edições da Martin Claret. E aqui confesso também que morria de preconceito com essa editora, por conta daquelas edições horríveis que ela fazia no passado (e nem sei se ainda faz). Embora ainda tenha certa aversão à Martin Claret, devo admitir que pelo menos essas duas edições estão excelentes, embora só as tenha comprado por não tê-las encontrado em edições mais confiáveis; porque entre Martin Claret e BestBolso, fico com a primeira (em seu estado atual rs).

Outro da editora 34 foi A Dama do Cachorrinho e outros contos, do Tchekhov, coletânea de comprei, confesso, motivado por aquele filme O Leitor, com a Kate Winslet rsrsrs. De H. G. Wells, adquiri A Máquina do Tempo, O Homem Invisível (em edições da Alfaguara) e A Guerra dos Mundos, este último numa edição esplendorosa da Suma de Letras, que eu nem conhecia rs. Acabei adquirindo também O Planeta dos Macacos, de Pierre Boulle, obra que eu plagiei inocentemente rsrsrs. Qualquer dia conto essa história pra vocês! Outra preciosidade obtida foi o box com a série Em Busca do Tempo Perdido, do Proust. E que edições lindas! Sou apaixonado pelas edições da Nova Fronteira. O box contém os sete romances da série: Vol. I No Caminho de Swann e À Sombra das Moças em Flor; Vol. II O Caminho de Guermantes e Sodoma e Gomorra; Vol. III A Prisioneira, A Fugitiva e O Tempo Recuperado. E o aguardado lançamento de A Montanha Mágica, de Thomas Mann não podia ficar de fora dessas compras; aproveitei e comprei também o Doutor Fausto.

Um livro que queria há muito tempo é E o Vento Levou, da Margaret Mitchell. Só conhecia o filme. A edição da editora Record tem uma capa belíssima com detalhes em dourado, mas a qualidade de impressão do texto não é das melhores. A editora Record está cada vez mais caindo no meu conceito. Lembro-me de ter reparado nessa má-qualidade de impressão n’O Diário de Anne Frank também. Ainda da Cosac, adquiri mais dois livros do Valter Hugo Mãe: a máquina de fazer espanhóis e A Desumanização. E finalmente o tão bem falado No Mar, do holandês Toine Heijmans. Outro clássico brasileiro adquirido foi a magistral série O Tempo e o Vento, de Erico Verissimo, num box com 7 volumes da Companhia das Letras que contém a trilogia completa: O Continente (em 2 vols.), O Retrato (em 2 vols.) e O Arquipélago (em 3 vols.).

Para finalizar, só mais 4 romances brasileiros: Grande Sertão: Veredas, de Guimarães Rosa; Viva o Povo Brasileiro, de João Ubaldo Ribeiro; As Meninas, de Lygia Fagundes Telles; e A Cabeça do Santo, da minha conterrânea Socorro Acioli.

E foi só isso rsrsrs.

Daniel Coutinho

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