quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Mais Livros! - FEV/2016


Fevereiro foi o mês dos livros novos! E o nosso Mais Livros! está recheado de muita coisa boa, graças, em parte, a um benefício que obtive. A foto acima deve ter deixado isso bem claro, além do fato de que a literatura estrangeira clássica predominou quase que totalmente. Adquiri livros que há muito tempo desejava e que sempre ia adiando, até que este mês, finalmente, criei vergonha na cara e comprei Os Miseráveis e D. Quixote, livros que acho que todo leitor deveria ter na versão completa. Mas perpassemos todas as aquisições mais detidamente...

O fim da editora Cosac Naify me motivou a adquirir alguns títulos que sempre cobicei. Com medo de que não sobrasse nenhum exemplar pra mim, corri atrás (ainda que meio atrasado) e quase que fico sem o meu David Copperfield. Não sou fissurado em livros novos, sou até distanciado deles; já confessei que tenho interesse particular em livros que, infelizmente, encontram-se esgotados e, portanto, fora das livrarias; por isso, costumo comprar edições (algumas bem antigas) em sebos da internet, porque na minha cidade não tem (creio que nas vizinhas também não). Ainda assim, quando um livro mais moderno me interessa, não tenho preconceito em adquiri-lo. A Cosac, no entanto, é um caso à parte. Ouvia falar sempre muito bem dos seus projetos editoriais, especialmente através de alguns booktubers que acompanho. Isso unido a um catálogo com obras clássicas suscitou o meu interesse, mas nunca me dispus a adquirir nada imediatamente. O inesperado fim da editora foi o que motivou a mim (e a muita gente) a adquirir o quanto antes os livros do meu interesse.

Assim, através da Amazon Brasil (minha primeira compra por ela), adquiri os clássicos: Guerra e Paz (Tolstói); Os Miseráveis e Os Trabalhadores do Mar (Victor Hugo). O David Copperfield infelizmente está esgotado por lá, mas consegui (ufa!) através do site da livraria Unesp. Pude constatar finalmente o que os outros tanto diziam. De fato, o projeto gráfico de cada livro é bastante atraente, mas os que julguei mais bonitos foram Guerra e Paz e David Copperfield. O primeiro está num BOX lindíssimo com a obra dividida em dois grossos tomos de capa dura; repleto de detalhes difíceis até de descrever; só não gostei muito da qualidade do papel que diziam ser “papel bíblia”, quando na verdade é um offset 63g, mas nada que tire o mérito do objeto que é lindíssimo e, se não me engano, primeira tradução brasileira diretamente do russo. O David Copperfield está belíssimo; a arte do livro é impecável, tão rico de detalhes quanto Guerra e Paz; o papel é pólen e de alta qualidade; só senti falta de um retrato do Dickens, e o fato do livro ser muito grosso dá a impressão de que a qualquer momento o miolo vai descolar da capa, mas tomara que isso não aconteça! Já Os Miseráveis e Os Trabalhadores do Mar achei bem mais simplórios, sobretudo o primeiro. Penso que aquela edição mais antiga que a Cosac lançou d’Os Miseráveis em volume único deve ser até mais bonita; não gostei da capa com aqueles rabiscos dos manuscritos do autor e senti falta da riqueza de detalhes das edições que já mencionei. Os Trabalhadores do Mar está melhorzinho, seja pelo papel pólen ou pela impressão em azul; o que me incomodou foi a capa da brochura; dos desenhos de Victor Hugo, escolheram o mais feio, e aquela coisa sem título, sem nada, só com o nome da editora... foi meio tenso rsrsrs Sou mais a arte da caixinha que acompanha o livro.

Ainda na Amazon, comprei O Conde de Monte Cristo (Alexandre Dumas), edição lindíssima, ilustrada, com capa dura e papel bíblia, da editora Zahar; D. Quixote, do Miguel de Cervantes (edição bilíngue), em dois volumes, tamanho grande, ilustrado, da editora 34; e por último, Semíramis, da Ana Miranda, único nacional adquirido este mês. A edição é da Companhia das Letras. Semíramis foi indicação de um amigo, o poeta Léo Prudêncio que, sabendo da minha admiração por José de Alencar, recomendou-me este romance que traz a vida do autor cearense num plano fictício, artifício este muito comum em Ana Miranda.

Voltando à onda dos clássicos, obtive finalmente os romances da querida editora Pedrazul que surgiu com tudo no mercado editorial brasileiro, com a louvável proposta de lançar clássicos que estão esgotados (ou que nunca foram lançados) em nosso país, especialmente os ingleses. Adquiri: Villette (Charlotte Brontë); A Inquilina de Wildfell Hall (Anne Brontë); Os Mistérios de Udolpho (Ann Radcliffe); Norte e Sul (Elizabeth Gaskell); e Pamela (Samuel Richardson).

Para fechar o saldo de fevereiro, chegou (finalmente!!!) depois de três meses, diretamente de Portugal, o tão desejado por mim A Mulher de Branco, de Wilkie Collins. Tive que comprar a edição portuguesa da editora Relógio d’Água, porque não encontrei nenhuma edição brasileira. Em pensar que comprei este livro por indicação do personagem Bóris daquela antiga telenovela mexicana juvenil, Primeiro Amor a Mil por Hora, da Televisa... rsrsrsrs

Daniel Coutinho

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