Fevereiro
foi o mês dos livros novos! E o nosso Mais
Livros! está recheado de muita coisa boa, graças, em parte, a um benefício
que obtive. A foto acima deve ter deixado isso bem claro, além do fato de que a
literatura estrangeira clássica predominou quase que totalmente. Adquiri livros
que há muito tempo desejava e que sempre ia adiando, até que este mês,
finalmente, criei vergonha na cara e comprei Os Miseráveis e D. Quixote,
livros que acho que todo leitor deveria ter na versão completa. Mas perpassemos
todas as aquisições mais detidamente...
O
fim da editora Cosac Naify me motivou a adquirir alguns títulos que sempre
cobicei. Com medo de que não sobrasse nenhum exemplar pra mim, corri atrás
(ainda que meio atrasado) e quase que fico sem o meu David Copperfield. Não sou fissurado em livros novos, sou até
distanciado deles; já confessei que tenho interesse particular em livros que,
infelizmente, encontram-se esgotados e, portanto, fora das livrarias; por isso,
costumo comprar edições (algumas bem antigas) em sebos da internet, porque na
minha cidade não tem (creio que nas vizinhas também não). Ainda assim, quando
um livro mais moderno me interessa, não tenho preconceito em adquiri-lo. A
Cosac, no entanto, é um caso à parte. Ouvia falar sempre muito bem dos seus
projetos editoriais, especialmente através de alguns booktubers que acompanho.
Isso unido a um catálogo com obras clássicas suscitou o meu interesse, mas
nunca me dispus a adquirir nada imediatamente. O inesperado fim da editora foi
o que motivou a mim (e a muita gente) a adquirir o quanto antes os livros do
meu interesse.
Assim,
através da Amazon Brasil (minha primeira compra por ela), adquiri os clássicos:
Guerra e Paz (Tolstói); Os Miseráveis e Os Trabalhadores do Mar (Victor Hugo). O David Copperfield infelizmente está esgotado por lá, mas consegui
(ufa!) através do site da livraria Unesp. Pude constatar finalmente o que os
outros tanto diziam. De fato, o projeto gráfico de cada livro é bastante
atraente, mas os que julguei mais bonitos foram Guerra e Paz e David
Copperfield. O primeiro está num BOX lindíssimo com a obra dividida em dois
grossos tomos de capa dura; repleto de detalhes difíceis até de descrever; só
não gostei muito da qualidade do papel que diziam ser “papel bíblia”, quando na
verdade é um offset 63g, mas nada que tire o mérito do objeto que é lindíssimo
e, se não me engano, primeira tradução brasileira diretamente do russo. O David Copperfield está belíssimo; a arte
do livro é impecável, tão rico de detalhes quanto Guerra e Paz; o papel é pólen e de alta qualidade; só senti falta
de um retrato do Dickens, e o fato do livro ser muito grosso dá a impressão de
que a qualquer momento o miolo vai descolar da capa, mas tomara que isso não
aconteça! Já Os Miseráveis e Os Trabalhadores do Mar achei bem mais
simplórios, sobretudo o primeiro. Penso que aquela edição mais antiga que a
Cosac lançou d’Os Miseráveis em
volume único deve ser até mais bonita; não gostei da capa com aqueles rabiscos
dos manuscritos do autor e senti falta da riqueza de detalhes das edições que
já mencionei. Os Trabalhadores do Mar
está melhorzinho, seja pelo papel pólen ou pela impressão em azul; o que me
incomodou foi a capa da brochura; dos desenhos de Victor Hugo, escolheram o
mais feio, e aquela coisa sem título, sem nada, só com o nome da editora... foi
meio tenso rsrsrs Sou mais a arte da caixinha que acompanha o livro.
Ainda
na Amazon, comprei O Conde de Monte
Cristo (Alexandre Dumas), edição lindíssima, ilustrada, com capa dura e
papel bíblia, da editora Zahar; D.
Quixote, do Miguel de Cervantes (edição
bilíngue), em dois volumes, tamanho grande, ilustrado, da editora 34; e por
último, Semíramis, da Ana Miranda,
único nacional adquirido este mês. A edição é da Companhia das Letras. Semíramis foi indicação de um amigo, o
poeta Léo Prudêncio que, sabendo da minha admiração por José de Alencar,
recomendou-me este romance que traz a vida do autor cearense num plano
fictício, artifício este muito comum em Ana Miranda.
Voltando
à onda dos clássicos, obtive finalmente os romances da querida editora Pedrazul
que surgiu com tudo no mercado editorial brasileiro, com a louvável proposta de
lançar clássicos que estão esgotados (ou que nunca foram lançados) em nosso
país, especialmente os ingleses. Adquiri: Villette
(Charlotte Brontë); A Inquilina de
Wildfell Hall (Anne Brontë); Os
Mistérios de Udolpho (Ann Radcliffe); Norte
e Sul (Elizabeth Gaskell); e Pamela
(Samuel Richardson).
Para fechar o saldo de fevereiro,
chegou (finalmente!!!) depois de três meses, diretamente de Portugal, o tão
desejado por mim A Mulher de Branco,
de Wilkie Collins. Tive que comprar a edição portuguesa da editora Relógio
d’Água, porque não encontrei nenhuma edição brasileira. Em pensar que comprei
este livro por indicação do personagem Bóris daquela antiga telenovela mexicana
juvenil, Primeiro Amor a Mil por Hora,
da Televisa... rsrsrsrs
Daniel Coutinho
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