"Saint-Clair das Ilhas" (1803), da inglesa Elizabeth Helme |
2016 foi
um ano bastante mediano de leituras; não falo em relação à quantidade de livros
lidos, mas do quanto esses livros me agradaram. Apenas 5 títulos foram
avaliados em 5 estrelas e isso me deixou bastante insatisfeito, pois meu desejo
era que todos os livros deste Top10 fossem agraciados com minha nota máxima.
Também não foram muitos os livros reconhecidos com 4 estrelas. O bom disso tudo
é que, pelo menos, não foi tarefa difícil realizar essa lista de melhores
leituras do ano, dispostas, como de costume, por ordem de preferência do último
ao primeiro colocado. Vamos então relembrar esses 10 livros incríveis que
marcaram meu ano de 2016!
# 10º lugar → A OUTRA FACE,
de Sidney Sheldon
Minha
primeira experiência com o romance policial e com Sidney Sheldon parece ter
dado um bom resultado. Quando peguei esse livro, jamais imaginei que ele
pudesse entrar para uma lista como esta; e ainda que tenha ficado na última
posição, considero uma grande proeza para ele. Sidney Sheldon me surpreendeu
com sua tensão e seu ritmo constantemente acelerado. Nem conto o que sofri com
Judd rs.
# 9º lugar → MENINA MÁ,
de William March
Livro de
suspense simplesmente maravilhoso! Rhoda me deixou de queixo caído várias vezes
com sua maligna dissimulação. E o que dizer de Christine? Sinceramente não
queria estar no lugar dela. Trágico, triste e sobretudo CHOCANTE!!!
# 8º lugar → PELO SERTÃO,
de Afonso Arinos
Livro
deliciosíssimo. Não achava que fosse gostar tanto de Afonso Arinos, que tem um
regionalismo vigoroso que mistura rusticidade e poesia. Não teve um conto do
qual eu não gostasse. Simões Lopes Neto e Hugo de Carvalho Ramos que se cuidem!
Afonso Arinos me conquistou rsrsrs.
# 7º lugar → A MISSÃO, de
Ferreira de Castro
É difícil
falar desse livro, especialmente porque sou consciente de que não absorvi o
quanto queria da leitura. Foi, sem dúvidas, uma das maiores surpresas do ano.
Literatura portuguesa de alta qualidade: reflexiva, poética, criativa,
empolgante e muito mais.
# 6º lugar → HERNANI, de Victor
Hugo
Morria de
curiosidade por esse livro. Finalmente descobri o que fez lotar tantas plateias
no século XIX. O trágico Hernani é um
clássico por excelência. O quadrado amoroso: Hernani, Dona Sol, D. Ruy e D.
Carlos constitui uma das páginas mais brilhantes da história do teatro francês.
# 5º lugar → O INIMIGO DO REI,
de Lira Neto
Biografia
incrível, por um biógrafo também incrível, e com um biografado ainda mais
incrível ainda: Alencar. O Inimigo do Rei,
mais do que a experiência de me fazer conhecer as diversas facetas do autor de Iracema, me fez reviver todas as obras
desse magistral escritor brasileiro, patriarca de nossa literatura.
# 4º lugar → CASA DE PENSÃO,
de Aluísio Azevedo
Nunca li
Aluísio que não gostasse. E com esse livro não foi diferente. Aluísio parece
ter uma macumba que me deixa completamente envolvido em todos os seus livros
rsrsrs. É um dos poucos escritores que escreve sobre as coisas mais horríveis
do mundo, mas que, mesmo assim, eu amo. Amâncio é mais um protagonista pra
minha coleção de personagens com quem eu tenho uma esquisita relação de amor e
ódio.
# 3º lugar → O QUE TINHA DE SER...,
de Mário de Alencar
A maior
surpresa do ano! Livro simplesmente incrível! Como Mário de Alencar conseguiu
me chocar tanto com uma história tão simples e pequena? Só lendo pra entender.
É uma pena que não tenha escrito mais. Eis um livro para se devorar num
instante. Ah, Joana... Eu entendo você, Joana. O próprio Luiz Nunes entendeu,
ainda que não imediatamente.
# 2º lugar → A VOLTA AO MUNDO EM 80
DIAS, de Júlio Verne
Que eu fosse
gostar desse livro, já era previsto. Mas confesso que achava que seria um livro
de aventuras muito divertido e nada mais. Quem estiver pensando que Júlio Verne
é só aventura, está muito enganado. Verne não é menos que um gênio. O
conhecimento desse homem é digno mesmo do aplauso da posteridade. Muito amor
por Phileas Fogg, e por Chavemestra também, claro!
# 1º lugar → SAINT-CLAIR DAS ILHAS,
de Elizabeth Helme
Quem diria
que o primeiro romance do ano seria o melhor? Não tenho palavras para expressar
o meu amor por Saint-Clair. Foi um
dos raros casos em que eu quis reler o livro assim que terminei. É daquelas
obras em que os personagens permanecem com a gente por um longo tempo, e
parecem não querer partir rsrsrs Como esquecer o bravo Saint-Clair, o nobre
Randolfo, a bela Ambrozina, a terrível Eleonora, a orgulhosa Mariana, o grande
chefe Monteith, a prestativa Mary, o saliente cavaleiro de Bourg, os outros
proscritos, a Ilha de Barra, toda a beleza da Escócia enfim? A palavra que
melhor descreve este livro é: INESQUECÍVEL.
Daniel Coutinho
***
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Escreva para o blog: autordanielcoutinho@gmail.com
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